sexta-feira, 23 de julho de 2010

Métodos anti-modernismo.

Raras as chances que tive de me enxergar enquanto vivia neste vício de rotina. Mas quando pude olhar mais para mim, sempre percebia você ao fundo.

Antes você era apenas um nome a mais. Antes de cruzarmos nossos caminhos. A partir de então, o desconhecido se transformou em sede de convivência. E a cada madrugada, a cada besteira, era como se você me cutucasse falando: "Sei que tem algo quieto em você, mas é isso o que eu quero!"

É um sentimento contido por se assemelhar demais à um pecado, apesar da vergonha só aparecer em nossos rostos. Mas nada que mude como lidamos um com o outro. Eu não tento te esconder, apenas não sei como te apresentar. E assim, sorrio! Sorrir por ter esquecido como é chorar. A saudade se transforma em fogo do corpo, em vontade de ter suas costas repousadas em meu peito, ou em poder olhar nos teus olhos e passar a mensagem que necessito de algo além do brilho.

Não sei se gosto de você pela confusão que causa em mim quando nos falamos. Mas creio que não. Acho que o desânimo apenas ocorre quando desligamos, vamos dormir, e já no quente de nossas cobertas, descobrimos que a distância faz frio. De resto, tenho o suficiente para virar uma noite querendo ser mais sábio para achar uma solução mais rápida.

Vivemos então, buscando soluções e respostas. Se este é o mundo sem fronteiras, da proximidade, porque prefiro acabar com o moderno e ter a vontade de ir tomar um sorvete na praça com você?!