segunda-feira, 18 de maio de 2009

Expectativa.

Não há tempo para se montar a perfeição. Não pelo fato de que ela não exista, longe disso! O que acontece é que os fatos acontecem em velocidade tal, que quando você se dá conta, está novamente pensando no "como vai acontecer", "porque" e "com quem". Como um vício tão rotineiro que não tem mais relevância. E que como rotina, desaparece em meio a coisas surpreendentes. E é aí que a expectativa não tem ponto positivo.

ABRE PARÊNTESES

R: - Talvez essa minha fase de bussines woman tenha me tornado fria e calculista pra ter a sensibilidade tão aguçada.
B: - As pessoas frias e calculistas encantam pelo modo racional de pensar! Enquanto os menos frios, menos consequentes, são pegos pela emoção! E deveras vezes esquecemos que o bom equilíbrio são os dois! E não um só!
R: - É... Uau! Você é um poeta!
(...)
R: - Sabe, um dia tive um papo descontraído. Na piscina da casa de uma amiga no interior de São Paulo. Falavamos de amores... de quando iria aparecer "aquele!". E hoje me vejo apaixonada! Como se não soubesse de mim antes dele.
B: - E quando você se viu apaixonada, nem percebeu que não era nada do que você tinha pensado! Era só... ele!
R: - Éééé! Justamente isso! Falou tudo! Não era nada do que eu havia construído e imaginado ao longo dos meus vinte e tantos anos! Quando você é mais jovem, não sei... projetamos aqueles "super caras" de maneira incosciente. E na maioria das vezes, nem é culpa da pessoa não ser aquilo que você quer que ela seja... é sua mesmo de querer perfeição.
B: - E sabe do que mais?! Eu chegaria a apostar que o amor de verdade só acontece por ser inesperado. Por estarmos livres de pré-supostos, de expectativas.
R: - E quantas vezes achamos que nossa capacidade de amar chegou ao final...
(silêncio e suspiro!)

FECHA PARÊNTESES


Trilha sonora: On Broadway (live) - George Benson
Parceria: Paris é uma Festa

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Fatores intrínsecos.

Por mais rabugento que você seja, por mais intransigente, quando você conviver com pessoas de bem, irá se sentir bem.
Por mais que você se julgue auto-suficiente, dono da sua vida, com alguém do seu lado você sabe que tudo fica melhor.
Por mais que você diga que é, ou se faça de uma muralha anti-sentimentos, a alegria e a bondade perpassam todas as suas defesas.
Por mais que você enxergue pessoas diferentes, você sempre saberá que existem aquelas que a saudade é única. De um modo especial.
Por mais que você esteja cansado, depois de um dia estressante e de horas perdidas de sono, uma força lhe restará: a de um sorriso.
Por mais que você não goste de um certo estilo de música, quando ver um mendigo cantando, irá no mínimo achar graça. Quando ver algum engravatado na rua dançando, irá se sentir diferente. E quando ouvir a mesma música, verá que a graça não é a batida ou a letra, é porque é música!

Tentar questionar as razões do sentir e pensar nem sempre é a melhor saída. Apenas cante o que acontece. Brinque com as coisas sérias um pouco. Deixe de lado o seu jeito espelhado. Faça graça com seu patrão. Tente escrever um livro de auto-ajuda baseado na sua vida, e você descobrirá que sabe a solução para a maioria dos seus problemas. Só nunca parou pra perceber porque acha bonito ter um problema a mão em caso de necessidade.

Mas principalmente lembre-se de que TODA pessoa que passa por você, partilha do mesmo mundo, de idéias semelhantes e de problemas. O que você pode fazer de diferente é saber como olhar, porque olhar e fazer-se olhar. O legal de se fazer presente não é para amaciar o ego, é pra criar possibilidades de maior convivência e maior conhecimento de outras vidas. Talvez um dos erros do ser humano seja querer saber demais da sua vida, preocupar-se demais com tudo o que acontece ao seu redor, e não com quem acontece ao seu redor. Se todos falam que o dom da vida é o mais lindo, PORQUE ADMIRAR UM SÓ?! Porque admirar só a sua vida?! Admire a de qualquer um. Todas são diferentes, e por todas serem diferentes, todas tem seus encantos intrínsecos.

E quando resolver sair para admirar, para ver o que há de bom por aí, não se esqueça de uma boa música!

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Manual para Goianos recém-chegados ao DF

· Antes de começar pontos mais específicos, não se iluda: Brasília nada mais é do que um pedaço quadrado (vulgo “quadradinho”) de Goiás, e formada por nordestinos (85%), goianos (10%), estrangeiros (4%), apátridas (0,9%) e brasilienses de fato (0,1%)
· Não tente falar do futebol da região. Os brasilienses geralmente torcem pra times cariocas.
· Se você for ter a certeza de que vai passar um dia inteiro sem voltar em casa, faça como todos: use o seu carro como guarda-roupa! Leve uma regata, óculos escuro, bermuda... mas não se esqueça do guarda-chuva, moletom, roupa de inverno, corrente para roda dos carros em caso de neve. (Acredite, em Brasília, nunca se sabe).
· O céu desta cidade é considerado o mais bonito do país. Às seis horas da tarde ou da manhã sem previsão de chuva!
· Antes de decidir ir para algum lugar a pé, tenha a certeza absoluta, plena, com testemunhas se possível, de que é humanamente possível chegar lá sem o uso de automotores.
· Nunca diga em Brasília: “Chego ai em cinco minutos”.
· Saiba que as estações de metrô desta cidade foram projetadas na verdade por alguém do exército especializado em camuflagem. Você nunca verá mais do que duas estações por acaso.
· Ao chegar numa entrequadra comercial do Plano, mesmo havendo vaga, pare em fila dupla, pois é a única forma de evitar que alguém pare em fila dupla atrás de você.
· Apesar de sermos a capital federal, temos a pior rodoviária do país.
· Sinais de que você é goiano (alguns fundamentados, outros puro preconceito):
o Buzinar no trânsito
o Bater o carro
o Mesmo em Brasília, falar “porrrrrta”
o Fazer qualquer coisa desastrada
o Dar rata sobre alguma localidade de Brasília (mesmo que você more aqui há cinco anos)
o Achar que um apartamento de 150.000 é caro
o Não ter outro cd no carro além de sertanejo
o Falar mal da cidade
· Se for se aventurar nas cidades satélites, saiba que o ônibus que vai para o Pistão Sul de Taguatinga, não é o indicado como “P Sul”, e o que roda em Taguatinga com a indicação de “Taguacenter”, na verdade é no começo de Ceilândia.
· Ainda em matéria de cidade satélite (vulgo “cidades assaltélites”), quanto mais “natural” o nome, menos de natureza você vai encontrar. Exemplo: Recanto das Emas, Samambaia, Águas Lindas, Águas Claras, etc.
· Em Brasília, Cultura, também é nome de livraria!
· Em Brasília, assim como a cama, uma bacia de água ou toalha molhada é item essencial para uma boa noite de sono.
· Ao andar pela Asa Norte, não estranhe se do nada, você descobrir que está dentro da UnB.
· Apesar da classificação de cidades satélites, você nunca entenderá qual a real e oficial subdivisão destas (municípios, bairros, etc.). Ainda mais quando descobrir que oficialmente Águas Claras está dentro de Taguatinga.
· A arquitetura futurista da cidade encontra-se apenas no Eixo Monumental. Já os prédios, espelham algo do que poderia ser anterior a criação de Brasília.
· O mais famoso shopping do DF, o ParkShopping, na verdade, está longe de tudo.
· Por algum motivo, as estradas estaduais tem outro nome: EPNB, EPTG, EPXX. E não são estradas estaduais, são “estradas parque”. Frescura, já que oficialmente, se procurar elas de fato chamam DF-0X. Até o Eixão!
· O Lago Norte é considerado longe não só pela distância física, mas por haver apenas UMA ponte ligando as asas até o local. E fica no fim da Norte.Se pretende morar aqui por muito tempo, esqueça os clássicos nomes de ruas em que parece haver em toda cidade do Brasil como: “Barão do Rio Branco”, “7 de Setembro”, “Avenida da Independência”, “Brasil”, etc. Acostume-se com números e siglas que provavelmente você nunca irá descobrir o que significam.

domingo, 3 de maio de 2009

Minha alma siamesa!

Nas várias tentativas de explicação do porquê ou do que é esse sentimento, prefiro me ater a delícia de descrevê-lo da maneira mais confusa, sem rumo, ou sem buscar um fim definido. Até porque, o próprio sentimento não tem.

Eu não gosto das mesmas coisas que você. São vários os pontos que divergimos sobre afinidades. O que importa é que foi você quem me ensinou o que é "gostar", e nunca impôs limites quanto ao do que gostar. Seus ensinamentos não devem e não podem ser colocados aqui. Uns porque seriam até constrangedores. Já os outros é porque não dou conta de percebê-los. É verdade! Quando falam que educação são os pais que dão, concordo plenamente. Apenas não concordo que somente a educação seja lembrada. Assim como a educação, boa parte dos meus outros valores foram herdados de vocês como sinceridade, respeito, honestidade, garra, amor... Mas não são só os valores. Frequentemente me pego agindo como você! Com os mesmos trejeitos, com a mesma tonalidade de voz, com a mesma linha de pensamento. E isso não é valor, é a admiração pela sua personalidade que tento aplicar, mesmo que inconscientemente, à minha.

Quando sou questionado se dou o real valor e atenção a minha família, a primeira pessoa que me vem a mente é você. Não porque eu ache que não estás presente na minha vida ou coisa assim. Estou certo de que isso acontece pelo fato de achar que nem toda a atenção do mundo, nem todas as declarações seriam suficientes pra você, mãe! Sobre atenção, eu já ouvi dizerem que mãe está ao lado dos filhos mesmo que não gostem, porque é obrigação de mãe. Já eu acho, que nenhuma mãe deve ficar ao nosso lado por obrigação... é por amor mesmo! E isso, quem me fez perceber, foi se não, a minha mãe!

Acho que uma das afirmativas que poderia resumir o que sinto por você é a analogia que faço com minha ligação. Não me incomodaria se não tivessem cortado meu cordão umbilical. Ficaria como um siamês seu. Viveria contigo em todas as horas, todos os momentos e partilharia das necessidades assim como você, podendo te ajudar sempre que fosse preciso. Como cortaram, coloco-me como um siamês de alma. Não há nada que faça ou pense que não tenha uma influência sua. Mesmo que eu não queira.

Você me faz ir contra a premissa de um ser-vivo que aprendo desde minha infância. Não quero que você siga o "nascer, crescer, reproduzir e morrer". Do fundo do coração, que esta regra universal tenha você como excessão. Você nasceu, cresceu, reproduziu, mas por favor, VIVA! O fato de eu ter chegado no mundo, não é para você pular para o quarto ponto. Eu não me perdoaria por isso. Até porque, se isso acontecer, a vitalidade da minha alma, como siamês, vai junto com você.

Te amo!