terça-feira, 6 de outubro de 2009

Andando de bicicletas.

É uma simples analogia: considere cada relacionamento com cada pessoa que você conhece, um passeio de bicicleta.

No começo, logicamente, há de se aprender como que força é necessário colocar nos pedais, dependendo da velocidade que você deseje. Também deve-se escolher o rumo onde haja menos obstáculos, já que o risco de bater é bem maior devido a sua falta de prática em desviar dos mesmos. Os tombos?! Não precisa comentar! O tamanho dos seus ferimentos depende da sua agilidade em prever o tombo. É... isso é possível. Mas o legal mesmo, é sentir o frio na barriga, a falta de coragem em arriscar ir mais rápido e até tentar outras formas de andar.

Após sua prática já bem estruturada, o desafio passa a ser o equilíbrio. Por mais que você tenha treinado no começo, por mais tombos que você tenha tomado, você ainda é suscetível a alguma mudança que tire o seu equilíbrio. E daí em diante, há os perigos da bicicleta. Você se sente tão seguro, com a direção em suas mãos, que começa a achar o passeio meio irrelevante. Teus caminhos parecem dar sempre nas mesmas coisas, sua força é tão precisa que você nem faz questão de mudá-la para ir mais devagar.

Porque ir mais devagar?!

Porque tem certas coisas que só se percebe nesse passeio quando se muda a velocidade, e se mais lento, tem-se mais tempo de observar o que acontece a sua volta, sem largar da bicicleta. O equilíbrio fica mais difícil, claro. Mas se souber conciliar, haverá sempre algo novo, situações novas e seu passeio mais alegre, viciante e... prazer.


Só tem uma coisa que deixa os relacionamentos longe das bicicletas: você não desaprende a andar na "magrela" se ficar muito tempo sem andar. Mas se ficar muito tempo longe desses relacionamentos, há o risco de você ficar grande demais para andar de bicicleta, ou a bicicleta pode ter sofrido mudanças as quais você desconhece, e tudo deixa parecendo que você nunca andou. Por isso que voltar a amar é difícil. Porque tem aquelas coisinhas ruins de aprender a andar de bicicleta... mas tem o lado positivo!