sexta-feira, 19 de junho de 2009

Doente por opção.

Já reparou como a maioria as pessoas expoentes do mundo tiverem seu psiquico colocado em extremos? Por exemplo: ou eles utilizavam de certo tipo de drogas ou eram doentes mentais. E como eu almejo um nível substancialmente diferente do senso comum, teria de recorrer a uma das duas opções. Drogas não é muito meu estilo, então deixo para última opção (sem deixar de ser uma). Mas e a doenças?

Por experiência adquirida por uma osmose secreta, sei que só pelo fato de ser doença, não é saudável. Contudo, creio que ao conhecer Nietzsche em seus tempos de depressão ou Alvares de Azavedo ou outro intelectual que tenha decifrado a vida de um jeito estranho aos olhos humanos, os doentes sejamos nós. Explico: mesmo que sós ou em conflito com parte do mundo, essas pessoas elevaram sua intelectualidade a ponto de esta suprir certas necessidades sociológicas. O que é visto pelos psicólogos como doença. Melhor explicitando: para um psicólogo, a aversão a convivência social já é praticamente uma doença. Só que, PORQUE?! Porque é uma vontade incosciente?! E se for vontade, qual o problema em praticá-la?!

A liberdade expressamente dita não deve apenas ficar nos limites do "a minha começa onde a sua termina", esquecendo que há uma liberdade necessária do ser. Prender-se em razões ou premissas sociais por motivo qualquer que seja, de sentimentos à obrigações, faz com que a liberdade do indivíduo seja obstruída. E quando estes mesmos pontos forem descobertos pelo ser, os questionamentos sobre o colocaram a par de suas vontades íntimas. E ao perceber que a sua liberdade pode ser calcada no "sofrimento social" a indagação passará a ser: "É correto?!".

E ainda tem gente que paga pra saber se é correto ou não!

Quanto mais segurança das vontades pessoais, quanto mais ciência e senso crítico sobre os meios de atingir objetivos e busca de intelecto, mais o indíviduo se tornará dono de si mesmo! E terá poder para lidar com os questionadores da mente. Alguns até, que usam a maioria para justificar uma diferença de sentir e pensar minoritária socialmente.

E tenho dito: pensar além do superficial é cabível a qualquer ser humano. Não há necessidade inclusive, de estudar para tal. É só se dar conta da capacidade que qualquer um tem de mudar a si mesmo, nas áreas aparentemente imutáveis, consideradas como valores e essência sentimental.

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Meu pote, com validade.

Saber dar valor, não está em concordar com tudo o que é bom. É alegrar-se com o bom! Contudo, utlimamente isso tem sido tão superficial para os outros. Creio que por isso mesmo, o valor, quando descoberto, é admirado demasiadamente a ponto de se transformar em alegria. Asssim como o amor.

Estes dias me deparei com uma situação contraditória. Ao mesmo tempo em que achavam minhas palavras de amores líricas demais, reclamavam pela falta de falarem de amor no mundo. Alto lá! Concordo que não sou a pessoa mais apta ou hábil para se falar de amor. (E você sabe muito bem disso). Mas então permita-me colocar mais um pouco de futilidade verbal no meu pote de estranhezas:

Quero me apaixonar pelo sexo: o oposto. Não quero que minha paixão seja gerida ou construida tendo como base vulgaridades ou fanatismos sonhados, desejados. Refiro-me à um beijo! Um só! Aquele de bom dia, que foi de boa noite, que é de até semana que vem, de me dá mais um, de te encontro daqui a pouco, de sorvete com batata frita, de te amo! Mas mais do que isso quero minha paixão formada de chatices, de inconformidades, de besteiras, de piadas sem graça... isso pra crescer! Quero também um pouco de sorrisos idiotas (desses que os outros falam e usam cliches do tipo: "Como o amor é lindo"), uma boa relação com a sua família, reciprocidade de sentimentos, adivinhação de pensamentos, admiração... isso pra deliciar!

E para mostrar para os outros, eu quero você! Não como troféu, apesar de achar que se conseguir alguém como você, serei de certa forma, vencedor. Mas para mostrar para os outros que do seu lado, as coisas óbvias são efêmeras! Quero que uma tarde de sol se transforme em uma noite de chuva! Quero que duas palavras sejam suficientes em certa hora, mas que trezentas e trinta e três sejam poucas em outra. Quero que uma briga termine em separação, para poder te mandar flores. E quero te mandar sem precisar de motivos. Quero que você se sinta protegida por mim. E quero me sentir frágil à sua respiração.

Só não me venham com essa de que existem muitas por ai. Nem que seria bom se tivessem mais iguais a você. Eu não suportaria. Bom, para ser igual e em grande número são amigos. Amores, deixem um de cada vez, por favor! Posso parecer egoísta querendo você só para mim. Mas é que para me apaixonar por todas iguais a você, o mundo necessitaria de mais "eus". Só por achar que desse jeito, como é, se encaixando assim, só comigo.

E colocados tais pontos no meu pote de estranhezas, tranformo-o em pote de sonhos e entrego a você como quem oferece um pote de doces, para ser compartilhado. Você pega um, eu outro e desfrutamos do que há por trás de tudo.

"- Quer um?"

Só não se esqueça de fechar o pote. Os pontos/sonhos duram mais quando o pote fica fechado.