quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Meu verso inverso.

Meu verso não respeita regras ou moldes
Apesar de saber que precisa ser certo
Sua vontade é apenas que se solte
Independente de medias, rumos ou cortes

Meu verso é ambicioso e prepotente
Não quer saber se destrói ou deixa contente
Quer apenas fazer a diferença
Pra que minha cabeça deixa de ser doente

Posso te falar em verso ou prosa
Sem que a palavra perca seu valor

Posso te contar meu inverso, minha rosa!
Me deixe! Eu só quero falar de amor.

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

5.

Certezas. - Um dos pontos mais difíceis de ser chegar é na certeza. De certo, temos pouco na vida. Não digo das ciências, apesar de as próprias exatas não serem as mesmas de antes, quando se tinham certeza dela. Digo da pessoa. Qual a certeza que temos? O senso comum diria: a morte. Os otimistas: a vida. Os religiosos: Deus. Mas, essas são certezas que todos temos que ter. Digo, mais a fundo. Qual é a certeza? O sentimento humano não vive e não pode viver de certezas. As certezas, por serem certas, são algo imútavel. Qual seria a graça de não se mudar sentimentos? De não ganhar novos amigos? De não achar que se pode amar mais, sofrer mais, perdoar mais? Procurando as minhas certezas, descobri que nem estava certo de que queria achá-las.

terça-feira, 4 de novembro de 2008

4.

Histórias de um Embaixador. - Hoje me perguntaram o que eu tinha pra contar pros meus netos. Realmente tenho boas coisas a contar. O problema é que eu não quero contar no mesmo sentido em que me perguntaram. Me perguntaram como se ter histórias pra contar é sinal de felicidade eterna. E o pior, geralmente, as histórias consideradas as mais relevantes são sempre relacionadas com aventuras um tanto quanto irresponsáveis.
Sem dúvidas eu as fiz. Várias. Mas o que eu quero contar pra eles, são dos meus amores, das minhas atitudes românticas inusitadas, dos meus amigos fiéis (que espero eu, poder apontá-los em um canto próximo, não somente comentar a respeito), das noites terminadas com boas risadas, das minhas aventuras em família, da paisagem mais bonita que já vi, do lugar mais distante já ido, do lugar mais exótico, dos amigos mais rápidos, das lições de vida e de histórias que contaram pra mim.
Não vejo graça em histórias que tenham um fim não feliz de verdade. E quando digo um fim não feliz de verdade é aquele que não dá pra se contar pra todo mundo, ou aquele que se conta como uma certa elevação do ego. Isso não é história boa. E quando digo um fim não feliz de verdade, não quer dizer que não tenha nenhuma tragédia ou desilusão. Até as desilusões tem seus ensinamentos.
Há ainda uma outra saída que eu posso recorrer. Não quero contar histórias para os meus netos. Quero fazer umas com eles.