terça-feira, 4 de novembro de 2008

4.

Histórias de um Embaixador. - Hoje me perguntaram o que eu tinha pra contar pros meus netos. Realmente tenho boas coisas a contar. O problema é que eu não quero contar no mesmo sentido em que me perguntaram. Me perguntaram como se ter histórias pra contar é sinal de felicidade eterna. E o pior, geralmente, as histórias consideradas as mais relevantes são sempre relacionadas com aventuras um tanto quanto irresponsáveis.
Sem dúvidas eu as fiz. Várias. Mas o que eu quero contar pra eles, são dos meus amores, das minhas atitudes românticas inusitadas, dos meus amigos fiéis (que espero eu, poder apontá-los em um canto próximo, não somente comentar a respeito), das noites terminadas com boas risadas, das minhas aventuras em família, da paisagem mais bonita que já vi, do lugar mais distante já ido, do lugar mais exótico, dos amigos mais rápidos, das lições de vida e de histórias que contaram pra mim.
Não vejo graça em histórias que tenham um fim não feliz de verdade. E quando digo um fim não feliz de verdade é aquele que não dá pra se contar pra todo mundo, ou aquele que se conta como uma certa elevação do ego. Isso não é história boa. E quando digo um fim não feliz de verdade, não quer dizer que não tenha nenhuma tragédia ou desilusão. Até as desilusões tem seus ensinamentos.
Há ainda uma outra saída que eu posso recorrer. Não quero contar histórias para os meus netos. Quero fazer umas com eles.

5 comentários:

Tatá disse...

Ieeeeeiiiiiiiiii! Ficou muiiiito bom, Maluco. Ficou incrível, tal como és! =))) Tenho orgulho de fazer parte dos amigos. E hoje digo com convicção: És dos meus amigos mais fiéis e amados! =*

Unknown disse...

Primoooo, que lindo! Adorei o texto! =) Não sabia que tinha um primo escritor!
Amo vc, beijo! =*

Larissa Caixeta disse...

Com certeza a relevância das tuas histórias faz muito mais sentido do que as que todos "querem contar aos seus netos". Conte mesmo isso, desejo que faça histórias cada dia mais lindas e que sejam verdadeiramente histórias e não objetos que se colocam na estante como troféuzinho barato e mixuruca.

Anônimo disse...

"Escrever é procurar entender, é procurar reproduzir o irreproduzível,
é sentir até o último fim o sentimento que permaneceria apenas vago e sufocador."

Anônimo disse...

Certa de que terás belíssimas histórias para contar. Tens um coração enorme e lindo, as pessoas ao seu redor te adoram... isso já é o fulcro para histórias maravilhosas!